Reflexões sobre o Propósito...de um Aliado na Jornada da Sustentabilidade

 

O conceito intemporal de Ford - "um negócio que não produz nada além de dinheiro é um negócio pobre" - verifica-se, atualmente, de forma muito integrada com o conceito de sustentabilidade nas empresas. De facto, não é possível uma empresa sobreviver na atual conjuntura socioeconómica sem refletir e agir sobre o seu contributo para o ecossistema circundante, incluindo o nível local e, consequentemente, o nível global. É neste contexto que surge o propósito empresarial, um propósito que deve ir além da criação de capital, não só porque representa uma posição proativa em relação ao desenvolvimento de uma sociedade justa e inclusiva, mas também porque se trata de uma necessidade de sobrevivência para o planeta que habitamos.

Existem diversos indicadores, frameworks e ratings que auxiliam as organizações não só a enfatizar esta importância, mas também a agir de acordo com a conjuntura ambiental e socioeconómica. Exemplos disso são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Ecovadis, a certificação B-Corp, ou os múltiplos frameworks de reporte de atividade não financeira, como os Standards Europeus de Reporte de Sustentabilidade ou os Global Reporting Initiative. Este panorama enaltece, sem dúvida, a urgência climática e social para a definição de um propósito que, idealmente, deve estar relacionado com a atividade específica de cada empresa.

A União Europeia não está alheia a esta urgência. De facto, é visível a sua crescente ação que impulsiona as grandes organizações da UE e, por efeito de dominó, uma grande maioria das restantes, a alinharem a sua atividade com a visão do Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal). Exemplos disso são a Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade, a Diretiva de Due Diligence de Sustentabilidade Corporativa, o Regulamento da Taxonomia Verde, a Diretiva de Green Claims, o Passaporte Digital do Produto, entre outras diretivas e regulamentos.

Encontrar a orientação deste contributo, deste propósito maior para a atividade empresarial começa, por via desta avalanche legislativa, social e económica, a evidenciar cada vez mais vantagens que refletem um crescimento económico seguro para o futuro, uma vez que despoleta um modo de operação que valida, em princípio, a própria existência do mesmo.

👉🏼 Neste futuro, existe uma gestão eficiente dos recursos que não compromete a possibilidade da sua posterior utilização pelas gerações futuras.

👉🏼 Neste futuro, há uma redução de custos, uma vez que os recursos são geridos de forma mais responsável e circular.

👉🏼 Neste futuro, os colaboradores das empresas estão motivados para contribuir para a missão da organização.

👉🏼 Neste futuro, o acesso a financiamentos, investimentos e novas oportunidades de desenvolvimento de produtos e serviços é mais aberto e transparente.

👉🏼 Neste futuro, os clientes, parceiros e todas as partes interessadas de uma empresa agem de forma mais fiel e colaborativa.

🎯🌍Poderíamos falar interminavelmente sobre as consequências positivas que a definição de um propósito despoleta para uma empresa. No entanto, acredito que a mais recompensadora vantagem é, sem dúvida, contribuir para a existência de um amanhã.

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Inovação, Sustentabilidade e Due Diligence: O Futuro das Empresas na UE